Lam era um estudante canadense de 21 anos que morava em Vancouver. Em
janeiro de 2013, ela partiu, sozinha, em um tour por inúmeras cidades
da costa oeste dos EUA.
Começando suas férias em San Diego, ela visitou o zoológico e
escreveu sobre a cidade em seu blog, depois continuou, chegando a Los
Angeles no dia 26 de janeiro. Lá, ela se hospedou no Cecil Hotel.
O plano de Elisa era fazer cinco dias de turismo em Los Angeles e
continuar sua jornada para Santa Cruz. Neste período, seus pais não
receberam o telefonema diário de sua filha. Como Elisa não tinha o
costume de fazer isso, eles entraram em contato com a polícia de Los
Angeles para relatar seu desaparecimento.
A equipe do hotel disse que ela estava sozinha na manhã do seu
desaparecimento, e o gerente de uma livraria nas proximidades, a última
pessoa a relatar vê-la viva, descreveu-a como “extrovertida, muito
animada, muito amigável”, tendo ido comprar presentes para família dela.
A polícia realizou várias buscas no hotel, mas nada foi encontrado, nem mesmo indícios de um crime.
No dia 6 de fevereiro, panfletos foram distribuídos no bairro,
pedindo a qualquer um com qualquer informação para se apresentar. Uma
semana passou sem novas informação, e então o caso teve sua primeira
reviravolta.
Em 16 de fevereiro, o departamento de policia revelou um vídeo de
vigilância do hotel, datado em 1º de fevereiro. O vídeo retrata Elisa em
um dos elevadores do hotel, agindo de forma extremamente bizarra. Ela
espia dentro e fora do elevador, se escondendo na esquina, pressionando
vários botões e gesticulando e dançando de forma errática no corredor
fora do elevador. Ela então sai do elevador e a porta fecha e abre
várias vezes antes do vídeo acabar.
No momento do lançamento do vídeo, a atenção da mídia em torno do
caso aumentou drasticamente. Jornalistas descobriram que o Cecil Hotel
tinha uma longo histórico de acontecimentos estranhos, incluindo
assassinatos e suicídios.
Durante esse tempo os hóspedes do hotel começaram a se queixar de um
gosto estranho na água, juntamente uma coloração atípica e baixa pressão
nas torneiras dos quartos. Os funcionários começaram a investigar o
encanamento do prédio. Isso os levou a uma descoberta horrível nos
tanques de água no telhado do prédio.
Dentro de um dos tanques, flutuando nua ao lado de suas roupas e pertences, estava o corpo parcialmente decomposto de Elisa Lam.
A descoberta do corpo trouxe mais perguntas do que respostas. A
autópsia não encontrou evidências de trauma ou agressão sexual, sem
vestígios de drogas ilícitas e nenhuma evidência de que Elisa tentou
suicídio.
O tanque de água em questão tinha blocos de concreto gigantes sobre
sua tampa, eram pesados, difíceis de deslocar, e foram encontrados
intactos. O acesso ao próprio telhado era bloqueado. Como Elisa
conseguiu chegar lá e entrar no tanque sem remover os blocos de
concreto? A investigação cessou, mas muitas questões vitais permanecem
sem resposta nesta tragédia.