segunda-feira, 22 de agosto de 2016

3) lendas urbanas Japonesas: Túnel Kiyotaki

 

   Segundo a lenda, em 1927, o ano em que o túnel começou a ser construído, os empresários - mediante um contrato trabalhista - diziam aos funcionários que eles deveriam deixar os salários aos seus cuidados, pois com isso poderiam providenciar os mantimentos necessários para a sobrevivência deles durante o decorrer da obra.

Mas tudo não passou de ¨balela¨ pois os operários nunca viram a cor do dinheiro, os honorários de todos foram desviados pela empresa responsável. Com isso, os trabalhadores passaram a trabalhar como escravos, inclusive, em situações fisicamente debilitadas. A maior parte não aguentou e muitos morreram no local.
 Depois que o túnel foi aberto, vários relatos foram ouvidos afirmando aparições de fantasmas enquanto trafegavam de carro à noite. Alguns diziam que durante o trajeto, as almas dos operários os perseguiam e eram avistadas no interior dos veículos, causando acidentes fatais. Os contos falam que na passagem, há um espelho, e que se alguma pessoa enxergar um reflexo de um desses fantasmas nele, ela já está condenada a uma morte horrível.

A lenda diz também, que o Túnel Kyotaki mede 444 metros de distância (uma coincidência: o número 4 no Japão, segundo outra lenda, traz azar) , mas que conforme o turno o comprimento muda. Ou seja, o tamanho é diferente de dia e de noite. A largura da galeria só cabe apenas um veículo, deixando a travessia ainda mais assustador. Se alguém avistar algo, não tem como retornar!

Retirado:http://www.alternativa.co.jp/Blog/View/41/650/Um-tunel-mal-assombrado

2) Lendas urbanas Japonesas: Yuki-onna (mulher da neve)



                               
      Apesar de sua beleza, seus olhos podem levar terror aos mortais. Dizem que ela flutua pela neve, sem deixar pegadas, apenas um rastro de neblina ou neve. Na verdade, em alguns contos, ela não possui pés, uma característica de muitos fantasmas japoneses.
Dizem que Yuki-onna é o espírito de uma mulher que morreu em uma nevasca e, devido a isso, ela é sempre associada às tempestades de neve e a causadora das fortes tormentas de inverno.
Ao mesmo tempo em que é bela e serena, pode ser extremamente cruel, matando sem piedade os inocentes indefesos nas tempestades de neve. Até o século XVII, ela foi quase uniformemente retratada como o mal. Hoje, porém, muitas vezes as histórias a deixam mais humana, enfatizando sua natureza como um fantasma de beleza efêmera.
Em muitas histórias, Yuki-onna aparece para os viajantes presos em tempestades de neve, e usa seu hálito gelado para deixá-los como cadáveres revestidos em gelo. No entanto, alguns contos diz que ela simplesmente leva os viajantes a se perderem para que morram congelados.
Existem diversas lendas sobre a Yuki-onna que a descreve como um ser totalmente cruel e agressivo. Nestas histórias, muitas vezes ela invade casas, soprando na porta com uma rajada de vento e matando seus moradores e até famílias inteira enquanto dormem, embora algumas lendas afirmem que ela precisa ser convidada para poder entrar em uma casa.
Contudo, as descrições e a personalidade de Yuki-onna variam de conto para conto e de região para região. Apesar de suas histórias serem contadas desde os tempos antigos, a bela criatura se popularizou em 1904, no livro Kwaidan.
Embora o nome Yuki-onna seja o mais popular, os japoneses também a chamam por Yuki-Joro, Yuki-Musume e Yuki-Onba, o que depende da região.
Em algumas localidades na região central do Japão, onde há muita incidência de neve, os relatos mais comuns descrevem Yuki-onna com hábitos vampirescos. Esta é a Yuki-onna “bruxa” e considerada extremamente má, que gosta de drenar o sangue de suas vítimas ou sugar sua essência com um simples beijo.
Embora a maioria das histórias a retrate como um ser cruel, existem algumas lendas – tanto antigas como atuais – que que retratam uma Yuki-onna mais humana, capaz de sentir compaixão pelos seres humanos. Estes relatos desmistificam a Yuki-onna “bruxa” e dá lugar apenas à “Mulher da Neve”. Nessas narrativas, a criatura aparece apaixonando-se por homens, casando e até constituindo família. Entretanto, a história de amor sempre finda com o seu desaparecimento em forma de neblina ou neve.Contam que Yuki-onna às vezes canta para seduzir os homens, fazendo-os se perder nas nevascas para que morram congelados.
Existe uma famosa lenda com base neste lado suave de Yuki-onna, que conta sobre ela poupar a vida de um rapaz porque era belo e jovem.
Yuki-onna e o jovem Minokichi
Contam que em tempos idos, viviam dois caçadores em uma pacata aldeia japonesa. Mosaku era um velho ancião e Minokichi, seu filho, era um belo jovem de apenas dezesseis anos de idade. Todos os dias eles saiam juntos para caçar coelhos e outros pequenos animais na floresta.
Em certa noite de inverno, Mosaku e Minokichi estavam a caminho de casa quando foram pegos por uma tempestade de neve tão forte que ofuscava a vista, impedindo que encontrassem o caminho para fora da floresta.
Ambos ficaram muito preocupados devido ao vento e a neve que poderia lhes congelar até a morte. Eles andavam na floresta às cegas em meio à tempestade branca e congelante, que os castigavam. Mas, felizmente, conseguiram avistar uma cabana através da nevasca.
A cabana, localizada no alto de uma montanha, era pequena e encontrava-se em total estado de abando. Estranhamente não havia lareira e nada que pudesse fazer uma fogueira. Contudo, estavam conformados, pois ela lhes serviria de abrigo apenas por aquela noite ou até que cessasse a tempestade.
Então eles se deitaram para descansar. Contudo, eles tremiam de frio sob seus casacos unidos, que puxaram firmemente em torno de seus corpos encolhidos, na tentativa de amenizar o frio congelante.
O velho pai caiu em sono profundo logo após deitar-se, mas o jovem Minokichi permaneceu acordado, ouvindo o vento que assobiava através das velhas tábuas soltas da cabana, que balançava e rangia com a tempestade. Porém, apesar do frio e barulhos assustadores, ele foi vencido pelo cansaço e conseguiu adormecer.
De repente, Minokichi foi despertado após sentir a neve caindo sobre o seu rosto. Quando abriu os olhos viu a porta escancarada, que ele e seu pai tinham lacrado para evitar que o vento frio e a neve invadisse a pequena cabana. Foi quando ele avistou uma estranha figura em pé sob o luar. Era uma mulher trajada em um esvoaçante kimono branco.
A mulher estava debruçada sobre o seu pai, que estranhamente continuava a dormir enquanto ela inspirava e expirava ar sob Mosaku. Sua respiração era como uma fumaça branca e cintilante. Momentos depois, ela subitamente virou-se para Minokichi e inclinou-se sobre ele, que, apavorado, tentou gritar, mas descobriu que não conseguia emitir um único som.
A mulher, de pele extremamente branca, foi curvando lentamente sobre ele, parando somente quando suas faces quase se tocaram. Ela era extremamente bonita, mas seus olhos possuía uma cor estranha, assemelhando-se a um amarelo dourado, que brilhava a ponto de ofuscar a vista.
Minokichi estava apavorado enquanto ela o olhava fixamente. Depois de alguns momentos, a mulher virou-se até o ouvido do jovem e sussurrou: “Eu sou a Bruxa da Neve e estava pronta para matar-lhe, mas reparei que você é um jovem tão bonito que resolvi deixá-lo viver. Porém, o farei com a condição de que você jamais diga a ninguém, nem mesmo a sua própria mãe, o que presenciou aqui. Caso o faça, eu te acharei e te matarei. Nunca se esqueça deste aviso”.
Após estas palavras, ela virou-se e flutuou até a porta, desaparecendo por um rastro cintilante através da neve.
Assim que desapareceu, Minokichi rapidamente levantou-se e correu até a porta, de onde ele olhou na tentativa de vê-la, mas ela estava longe de ser avistada, ainda mais com a tempestade de neve, que continuava em seu auge e invadia a velha cabana através da porta aberta.
O jovem, que parecia estar em transe, rapidamente recobrou a consciência e fechou a porta, firmando seus pensamentos sobre o que a Bruxa da Neve havia lhe dito. Porém, ele começou a questionar-se sobre o ocorrido, ponderando sobre o que presenciou pudesse ter sido um mero sonho. “Talvez a Bruxa da Neve seja um fruto de minha imaginação”, pensou Minokichi.
Após esses pensamentos reconfortantes, caminhou em direção ao seu pai e o chamou, mas o velho Mosaku não respondia. Então o jovem tocou o rosto de seu pai e constatou que estava completamente gelado. O velho Mosaku havia morrido.
Ao amanhecer, a tempestade de neve havia cessado e o jovem se viu obrigado a triste tarefa de arrastar o corpo de seu pai congelado até a vila. Ele ficou tão arrasado com a morte de seu amado pai que permaneceu doente por um longo tempo.
Contudo, as palavras da bruxa se faziam presente em sua mente. Minokichi, temendo que a bruxa voltasse para matá-lo, manteve segredo sobre o ocorrido na noite em que seu estimado pai faleceu, incluindo sua mãe, a quem ele tanto se dedicava, pois temia que o fantasma da bruxa também a matasse. A polícia assumiu que o velho Mosaku morreu devido ao frio da neve e nunca mais lhe fez qualquer pergunta.
Tempos depois, após restabelecer a saúde, Minokichi voltou a caçar na floresta. De qualquer forma, ele tinha o dever de colocar comida em casa. Mas agora estava sozinho, sem a ajuda de seu estimado e falecido pai.
Contudo, ele ainda temia a Mulher da Neve, então passou a voltar da floresta antes do cair da noite, sempre com os coelhos que caçava para a sua mãe cozinhar.
Um ano depois, no meio do inverno, quando estava a caminho de casa, Minokichi conheceu uma jovem. Ela era alta, magra e muito bonita. Enquanto caminhavam juntos em direção ao seu vilarejo, eles começaram a conversar. A jovem disse que seu nome era O-Yuki e que havia perdido seus pais recentemente. Ela estava a caminho da casa de seu tio, onde esperava viver por um tempo até que pudesse encontrar emprego para poder sustentar-se.
Minokichi sentiu-se muito atraído pela estranha, porém bela, jovem, que por sua vez também pareceu atraída pelo rapaz. Então, por algumas semanas, eles passaram a encontrar-se no mesmo local em que se conheceram e acabaram por se apaixonarem.
Certo dia, Minokichi perguntou se O-Yuki aceitaria jantar em sua casa para que ela pudesse conhecer a mãe do jovem. Depois de alguma hesitação, ela aceitou o convite. A mãe do jovem a achou muito bonita e amável. Pouco tempo depois eles se casaram e O-Yuki foi morar na casa do rapaz.
Um ano depois, quando a mãe de Minokichi faleceu, suas últimas palavras foram de carinho e elogios para a esposa de seu amado filho.
Logo após a morte da mãe de Minokichi, sua adorável esposa passou a engravidar consecutivamente. O casal teve muitos filhos. As crianças chamavam a atenção por serem muito bonitas, todas tinham a pele clara como a neve.
As pessoas da vila achavam O-Yoki uma pessoa maravilhosa por natureza, diferente da maioria das aldeãs, que envelheciam mais cedo. Mas O-Yoki, mesmo depois de tornar-se mãe de dez filhos, parecia tão jovem como no dia em que chegara à aldeia.
Certa noite, depois que as crianças tinham ido dormir, O-Yoki estava costurando sob uma lamparina com armação de papel de arroz. Então Minokichi, que a observava com os olhos cheios de ternura, lhe disse:
“Vendo você assim, costurando enquanto a luz ilumina seu belo rosto, fez-me lembrar de algo muito estranho que me aconteceu quando eu era um rapaz. Eu vi alguém tão linda e branca como você está agora. Na verdade, ela era muito parecida com você”, disse Minokichi.
Sem levantar a cabeça ou tirar os olhos de sua costura, O-Yuki perguntou: “Diga-me como ela era… Onde você a viu?.”
Então Minokichi contou-lhe sobre a terrível noite na velha cabana abandonada. Também contou os detalhes sobre a mulher branca sussurrando em seu ouvido e sobre a morte silenciosa de seu pai. Depois ele disse: “Se estava dormindo ou acordado, eu não sei, no entanto, foi a única vez que vi um ser tão bonito como você. Porém, é claro que ela não era um ser humano, eu senti muito medo dela. Muito medo mesmo. Mas ela era tão branca. Na verdade, eu nunca tive a certeza se aquilo foi um sonho ou se realmente era a Mulher da Neve.”
Assim que o marido terminou de contar a estanha história, O-Yuki jogou a costura ao chão, levantou, inclinou-se sobre ele e gritou em seu rosto: “Fui eu, eu! Eu era a Yuki, eu sou a Yuki! Eu lhe disse que iria matá-lo se dissesse algo sobre isso! Mas, por causa daquelas crianças que estão dormindo, eu não irei matá-lo neste momento. E de agora em diante é melhor você tomar muito, mas muito cuidado com eles, pois se alguma vez, por qualquer motivo ou razão, você maltratá-los, eu irei tratar você como merece!.”
Mesmo quando gritou, sua voz era tênue e fina, como um choro de vento. E logo após dizer-lhe aquelas tristes palavras, ela se derreteu em uma névoa branca e cintilante, que evaporou por entre o telhado.
Desde então, Yuki-onno nunca mais foi vista, pois Minokichi sempre foi um pai dedicado e extremamente amável para com os seus dez filhos.
Retirado: http://mundo-nipo.com/cultura-japonesa/mitos-e-lendas/01/05/2013/yuki-onna-a-bruxa-ou-a-mulher-da-neve/

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

1)Lendas urbanas japonesas: Mansão Himuro






      A família Himuro participava de um específico e enigmático ritual xintoísta com o nome de "Ritual de Estrangulamento", que era usado para selar o karma ruim da Terra. O Karma, chamado "Malice" (ou Malícia), emergiria em uma data específica perto do final do ano de um portal no jardim interno da mansão. Para prevenir isso, uma donzela era escolhida ao nascer e isolada do mundo externo para ser criada como um cordeiro para sacrifício. Isso era feito para prevenir que ela, a "Donzela do Santuário da Corda", adquirisse qualquer ligação com o mundo externo, o que arruinaria o ritual. Antes do "Ritual de Estrangulamento", outra donzela era escolhida para o "Ritual do Demônio Cego" que, ao ser amarrada, sua face era forçada contra uma máscara de madeira com espetos nos locais onde deviam estar os olhos. A relação dessa prática com o "Ritual do Estrangulamento" não é conhecida, mas aparentemente era necessária para o sucesso.

Após o tempo certo ter passado, chegaria o dia do "Ritual do Estrangulamento" para a "Donzela do Santuário da Corda", onde ela seria atada por cordas nos seus pulsos, tornozelos e pescoço. As cordas eram amarradas a times de bois, que puxavam radialmente do corpo da menina, arrancando seus membros de seu corpo. Não é conhecido se ela estava morta antes de seus membros serem arrancados, entretanto, é lógico que a corda do pescoço a sufocaria, apesar de ela estar sentindo uma dor agonizante. As cordas usadas para amarrar seus apêndices seriam ensopadas com seu sangue e cruzadas no portal da Malícia. Mas o portal só permaneceria fechado por aproximadamente 75 anos antes de o ritual se repetir. Por gerações, essa tradição era passada pela família Himuro, o chefe da família sempre participava dos procedimentos.

Porém a honra da família levou ao desastre. Durante o último "Ritual de Estrangulamento" registrado, é dito que a "Donzela do Santuário da Corda" avistou um homem do lado de fora da mansão vários dias antes do ritual. Ela se apaixonou por ele, e seu novo apegamento à Terra manchou seu sangue e seu espírito; o ritual e seu sacrifício falharam miseravelmente. O chefe soube do acontecido e perdeu sua sanidade. Ele correu pela mansão assassinando sua família, os sacerdotes, e qualquer desafortunado que estivesse visitando a mansão na ocasião. Envergonhado com sua falha de prevenir a calamidade, ele caiu sobre sua própria katana, cometendo o harakiri. A Família Himuro e os rituais performados por ela agora estavam mortos. As pessoas locais ficaram quietas quanto a história, e eles não estavam nada ansiosos para descobrir detalhes das mortes. Ainda hoje, esforços são feitos para descobrir mais informações sobre a família e sua tragédia, mas os registros são poucos.

 A lenda serviu como inspiração para um jogo de video game...

Toda a lenda acima serviu de base para o primeiro jogo da série Fatal Frame,como é conhecido por nós do continente americano, Project Zero, na Europa e na Austrália, e Zero no Japão (零 zero, isto é um trocadilho; este kanji é normalmente lido como rei, que também significa "fantasma"?).

É uma série de jogos de survival horror, com quatro jogos principais. O 3 primeiros são para PlayStation 2, enquanto o quarto jogo foi lançado apenas para o Nintendo Wii.

No jogo você vê muito fantasma (alguns amigáveis, mas a maioria não) e faz muitos exorcismos e rituais xinto. A sua única forma de defesa é a Camera obscura, que permite ao jogador exorcizar os fantasmas tirando fotografias deles, selando seus espíritos no filme.

Criado pela Tecmo, Fatal Frame é dos jogos de survival horror mais bem recebidos na atualidade. O principal objetivo no jogo é resolver um mistério que está ligado às antigas superstições japonesas.

Nota: Volta das postagens

            

     
     Como faz algum tempo que não posto, nada aqui no blog. Deixei ele meio parado por causa de alguns imprevistos da vida, acho que todos tem esse problema. Mas Vou voltar com tudo, ou seja, com uma lenda que vi ontem um video e achei bem legal. Mas Essa semana e fds, vou contar algumas lendas urbanas que contam no japão, eu já havia começado uma seleção de lendas dela, mas foram poucas. Por isso achei outras que vou começar a postar para voces....
 Espero que vejam e revejam......